segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Alpinistas Brasileiros anseiam pelo cume do Monte Everest...

Os alpinistas brasileiros Vitor Negrete e Rodrigo Raineri estão de malas prontas para mais uma conquista. Pela segunda vez uma das melhores duplas de escalada do Brasil segue para o Everest (27/03) com o objetivo de chegar ao cume sem auxílio de oxigênio suplementar.
O que leva esses dois jovens a arriscarem suas vidas para escalar o Monte Everest, com mais de 8.800 metros de altitude, sem oxigênio suplementar?
Ambição?Ousadia?Nem eles sabem ao certo.

A expedição, batizada de Go Outside Expedition Everest 2006, seguirá pela mesma trilha feita pela dupla em 2005: a face Norte (no Tibet), considerada a mais difícil, técnica e com a maior dificuldade para realizar qualquer tipo de resgate. Para isso, eles passaram muito tempo se preparando.
"Fazemos projetos e montamos viagens para enfrentar desafios. Existe toda uma preparação técnica, física e psicológica, e o trabalho em equipe é constante. Na preparação física, todos precisam treinar diariamente. Na preparação técnica precisamos ver os equipamentos, o que a gente vai usar, e treinar com esses equipamentos. A psicológica ocorre mais na prática - é enfrentar todos esses desafios em
equipe. Passar pelas roubadas, passar fome e administrar as dúvidas, incertezas e necessidades. O que conta de verdade é experiência", conta Vitor Negrete.
"O grande lance é escalar com pessoas mais experientes, fazer cursos, pegar dicas para saber que tipo de isolante ou de luva levar, como se hidratar bem, como não se desgastar e o que fazer em cada situação, mas só com a prática é que evoluímos. É a velha frase: Deus ajuda, quem cedo madruga. Então temos que estudar muito, ler bastante para obter informações e tirar as próprias conclusões.
Você tenta adequar o desafio que está propondo enfrentar com o que você conhece, com suas aptidões e sua capacidade", continua o alpinista.
 
Quando questionados sobre o perigo, a dupla mostra plena consciência dos riscos que corre, mas ambos tentam manter o pensamento positivo. "Já conhecemos a via de escaladas, as dificuldades que enfrentaremos e o lugar. Vamos fazer tudo o que fizemos no ano anterior. A principal diferença é que agora estamos mais maduros e preparados", declarou Rodrigo Raineri.
A aventura começa em Katmandu (Nepal) e segue para o Tibet, na China, onde se localiza o Acampamento Base, a 5.200 metros de altitude. Lá começam as preparações para a ousada escalada. "Nós usamos um macacão especial, de plumas de ganso e botas triplas para gelo, são materiais desenvolvidos para evitar perda de calor. Além disso, levamos equipamentos para escalada normal em alta montanha e também
Outra preocupação é o peso da mochila. "Para escalar tiramos peso de tudo que podemos porque quanto mais leve, mais rápido. Então, cortamos as etiquetas das roupas, dos acessórios da mochila; se tem uma fitinha que está ali e não tem necessidade, a gente tira. Depois montamos os equipamentos de escalada - se são 20 peças, nós tiramos cinco. Vamos com 15 e lá a gente dá um jeito.
Tudo é feito no limite, mesmo a alimentação, é impossível levar comida suficiente pra uma escalada, acrescentou Vitor.

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