quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dores de cabeça fortes podem acometer os alpinistas, podendo inclusive evoluir para um estado chamado edema cerebral de altitude elevada, onde a pessoa apresenta desorientação excessiva, nega os sintomas, e quando vê, está inconsciente. Se não for evacuada a tempo para altitudes menores, é morte na certa.
Outra condição que acomete os alpinistas é o edema pulmonar de altitude elevada. Simplesmente os pulmões se encharcam e nem oxigênio resolve. Esta condição matou um sherpa da expedição de Krakauer.
O frio também cobra seu preço. Mesmo que usem roupas adequadas, temperaturas que podem chegar a 70 graus Celsius negativos costumam acometer as extremidades e o nariz. Em certo ponto, é difícil sentir as pontas dos dedos.
Queimaduras pelo gelo podem ocorrer. Um dos guias da expedição de Krakauer já tinha os dedos de um dos pés amputados por gangrena. Após os eventos que levaram à tragédia de 1996, um dos sobreviventes perdeu uma mão e parte do nariz.
Outra condição, não relacionada à altitude e sim à neve é a cegueira temporária. Os raios do sol refletidos na neve atingem a retina com grande intensidade. Se não usarem óculos especiais, ao final do dia, os alpinistas ficam cegos por um tempo.
Mesmo auxiliados por garrafas de oxigênio, o embotamento mental é intenso. Cada passo é um gasto de energia terrível, normalmente se dá um passo e pára-se em busca de fôlego. Este embotamento mental pode custar vidas. Um erro de julgamento, um passo em falso, a falha ao se pendurar nas cordas, e uma queda ao longo dos flancos da montanha podem ser fatais.
Outro perigo imenso é o chamado jet stream, ventos fustigantes que atingem o topo da montanha e levam a sensação térmica lá para baixo. Tempestades também são comuns.

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