quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Pára-quedistas saltam sobre o monte Everest

Pára-quedistas saltam sobre o monte Everest
Aventureiros pagaram US$ 24 mil pela aventura, que levou 15 anos para ser planejada

LONDRES - Três pára-quedistas saltaram neste domingo, pela primeira vez, sobre o monte Everest. Os três aventureiros, do Reino Unido, Nova Zelândia e Canadá, saltaram a 9 mil metros, experimentaram uma queda livre de um minuto antes de abrir os pára-quedas e desceram lentamente até atingir o solo. Eles são os primeiros de um grupo de 34 pára-quedistas que passou 15 anos planejando o salto e pagou US$24 mil (R$ 49 mil) pela aventura. Para a britânica Holly Budge, que saltou com o primeiro grupo, o "investimento valeu a pena". Ela conta que a experiência foi "espetacular". Um dos organizadores afirmou que os pára-quedistas pareciam "pássaros" durante o salto. O primeiro salto estava marcado para acontecer na sexta-feira, mas foi cancelado devido ao mau tempo. Por causa da altitude extrema e do frio, os pára-quedas usados no salto são três vezes maiores do que o tamanho regular e os pára-quedistas possuem tanques de oxigênio amarrados na cintura, além de usar roupas resistentes ao frio. Antes de realizar o salto, todos os participantes fizeram caminhadas pela região do monte Everest para se acostumar com a altitude. Os aventureiros que participarão dos saltos vêm de várias regiões do mundo - do Canadá ao Iraque e Paquistão. Um deles é um britânico de 72 anos de idade.

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Primeiro diabéticos tipo 1 a Cúpula Sul do Monte Everest


Will Cross ------>

Com oxigênio suplementar, Will Cruz, 37 tornou-se a primeira pessoa com diabetes tipo 1 para chegar ao Sul da Cúpula Mt.Everest. That put him just shy of the top of the 29,029-foot mountain. Isso colocou-lhe apenas tímido do alto da montanha 29.029 pés.
while this is not the top, is a great achievement for a type 1 diabetic. enquanto este não é o topo, é uma grande conquista para uma diabéticos tipo 1. Will has called in and stated he only went as far as the South Summit of Everest and turned around because of high winds… For a type 1 diabetic, this is beyond what many can dream. Será que tem nos chamado e afirmou que ele só chegaram mesmo a Cúpula Sul do Everest e revertido devido a ventos fortes… Para uma diabéticos tipo 1, trata-se além do que muitos podem sonhar.
Will Cross, who became the first person with diabetes to reach the South Pole, attempted to reach the summit of Mt. Everest on May 17, 2004, but was forced to turn back because of extreme exhaustion and a shortage of oxygen. Will Cross, que se tornou a primeira pessoa com diabetes para atingir o Pólo Sul, tentou chegar a cimeira de Mt. Everest em 17 de maio de 2004, mas foi forçado a voltar atrás por causa de exaustão e de uma extrema escassez de oxigênio. As a type 1 diabetes patient, Will carefully controlled his blood glucose levels using NovoLog® insulin and long-acting Novolin®, and followed a carefully determined diet of 3,500 calories per day. Na qualidade de diabetes tipo 1 doente, vai cuidadosamente controlados seus níveis de glicose no sangue usando NovoLog ® e insulina de acção prolongada Novolin ®, e seguiu atentamente uma determinada dieta de 3500 calorias por dia. The climate of Mt. Everest is naturally extreme and at no time of the year does the temperature on the summit rise above freezing. O clima de Mt. Everest é, naturalmente, extrema e em qualquer época do ano faz a temperatura subir acima cimeira sobre o congelamento. Howling winds, little oxygen, avalanches and unpredictable weather also contribute to the severe conditions on the mountain. Howling ventos, pouco oxigênio, avalanches e imprevisíveis condições climáticas também contribuir para a severas condições sobre a montanha.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Paraplégico vai tentar subir o monte Everest

Londres - Um aventureiro britânico paraplégico está planejando subir o monte Everest, apesar de quase ter morrido em uma tentativa anterior. Glenn Shaw vai usar uma cadeira de rodas adaptada para escalar a face norte da montanha mais alta do mundo e alcançar o patamar de 5,7 mil metros de altitude. A montanha tem 8.850 metros de altura e é a maior do mundo. No entanto, segundo o alpinista britânico atingir o cume não é o objetivo. "Nós não vamos ser capazes de atingir o topo, porque isso seria impossível dentro da minha capacidade", disse Glenn Shaw. Mesmo sem tentar atingir o cume, a tentativa é muito perigosa. Shaw quase morreu depois de uma queda em uma tentativa anterior de subir a montanha, quando quebrou vários ossos. "Minha última visita foi no lado sul do Everest, em 1997. Eu me envolvi num acidente e quase morri, mas neste ano vamos subir a encosta norte. Estamos bem treinados. Agora é a hora de tentarmos", contou Shaw. AjudaShaw parte para Katmandu, capital do Nepal, nesta terça-feira, depois de passar por um treinamento intensivo na Grã-Bretanha. Shaw explicou à BBC como sua cadeira de rodas funciona. "Imagine uma mountain bike sob uma cadeira de rodas. Ela foi criada para passar sobre qualquer tipo de terreno, de lama à água e rochas, assim como em inclinações e declinações.? A grande maioria do equipamento que será utilizado foi criada especificamente para a tentativa no Everest.

NEWS!!!!!


Porque eles querem chegar lá?

Ainda há duvidas sobre quem foi o primeiro a alcançar o topo do Monte Everest.

O corpo de George Mallory foi encontrado em maio de 1999 abaixo do topo.

Ele havia desaparecido em junho de 1924.

Nas roupas que estavam em seu corpo muito bem conservado pelo gelo, havia uma carta endereçada para a esposa dele.

A questão é: ele estava subindo até o topo ou já havia alcançado o topo e estava em rota de descida?

Independente disso, alpinistas continuam a escalar o Everest e em maio de 1953, oficialmente, o monte foi alcançado no ponto mais alto da cordilheira do Himalaia, há 8850 mil metros de altura, por Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay.

O primeiro homem a escalar o monte sem o auxilio de oxigênio suplementar foi Reinhold Messuer em 1978 que também em 1980 subiu o monte sem equipe de apoio.

Uma expedição pode custar U$ 50.000 e diversas se preparam anualmente para a subida.

Alpinistas ficam num ponto de apoio da geleira Khumbu aguardando sua vez.

Centenas de pessoas escalando o monte todos os anos causam uma série de problemas ambientais na região.

Hillary criou uma fundação que consegue amenizar um pouco os estragos, reflorestando o vale, erguendo centros médicos e escolas.

No dia 11 de janeiro de 2008, aos 89 anos Edmund Hillary morre deixando a fundação e suas marcas pelo Monte.

O povo sherpa o agradece. Esta população que conhece bem a montanha e seus perigos mudou seus costumes para receber o “turismo de escalada” e a maioria trabalha nas expedições.

As expedições precisam de autorização do governo chinês e muitas recebem a benção do Dali Lama, já que as faces do monte fazem fronteira com o Nepal e o Tibet.

Curioso é que descobertas recentes confirmam que o monte Everest já esteve no fundo do mar.

Muitos alpinistas morreram nas escaladas, 160 pessoas confirmadas, entre elas o brasileiro Vitor Negrete, mas a maior tragédia foi em 1996 onde 19 pessoas morreram por causa de uma tempestade fortíssima.

Pagar caro por uma expedição não é garantia de chegada ao topo nem de garantia de vida, mas o fascínio continua.

Um nepalês de 77 anos chegou ao topo e ganhou o título de homem mais velho a escalar o Everest em 25 de maio de 2008.

Dias após, os brasileiros Eduardo Keppke e Rodrigo Rainieri deixaram suas pegadas no ponto mais alto.

Por que se aventurar nesta montanha arriscando a própria vida?

Porque o Everest simplesmente está lá! Resposta de George Mallory momentos antes de escalar o Everest e não retornar mais com vida em 1924.

Você sabia?...

Primeiro cumeSomente 101 anos depois que o Instituto Topográfico da Índia descobriu que o Monte Everest era o ponto mais alto do mundo uma expedição conseguiu chegar ao seu cume.Às 11h30 do dia 29 de maio de 1953 o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay chegaram ao topo do mundo. Era a sétima tentativa de Tenzing e a segunda de Hillary.Cilindros de oxigênio e uma garrafa térmica com sopa quente esperavam os dois heróis no Colo Sul. "Bem, George, nós liquidamos com este bastardo" foram as palavras - numa tradução livre - de Edmund Hillary para George Love que fazia parte da expedição.James Morris, jornalista do Times, acompanhava a expedição. Desceu até o Campo Base, despachou um sherpa, Phurba (que hoje tem 89 anos), até Namche Bazar com uma mensagem que foi passada por rádio, em código, para o embaixador britânico em Katmandu. De lá foi retransmitida para Londres.A notícia de que a expedição britânica tinha conquistado a montanha mais alta do mundo foi anunciada no dia 2 de junho, durante a coroação da Rainha Elisabeth.A expedição contratou 350 sherpas e como eles só aceitavam prata como pagamento, moedas de prata forma cunhadas especialmente para pagá-los.Edmund Hillary que foi condecorado pela rainha da Inglaterra e nomeado "Sir", tornou-se estampa da moeda de cinco dólares na Nova Zelândia. Mulheres no Topo do MundoAté 2004 2.249 pessoas conseguiram chegar ao cume do Monte Everest. Deste total foram 101 mulheres. As americanas são as que mais conseguiram atingir o topo do mundo, seguidas das indianas e das japonesas. Cinco mulheres morreram na montanha até 2004.As pioneirasA primeira mulher a alcançar o cume do Monte Everest foi a japonesa Junko Tabei, no dia 16 de maio de 1975. Outra japonesa, Tamae Watanabe, tornou-se, em 16 de maio de 2002, aos 63 anos, a mulher mais velha a alcançar o topo do mundo. E Mingkipa Sherpa, do Nepal, aos 15 anos, em 22 de maio de 2003, foi a mais jovem. Ela é irmã de Lhakpa Sherpa. E a neozelandesa Lydia Bradey foi, em 1988, a primeira mulher a escalar o Everest sem utilizar cilindros de O2 suplementar.Uma mulher especialLhakpa Sherpa é a mulher que mais vezes chegou ao cume do Everest: cinco vezes até o ano passado. Este ano ela está novamente na montanha e faz sua escalada pelo Tibet (Face Norte) junto com seu marido, o romeno Gheorge Djamarescu que atingiu os 8.850 metros por sete vezes.Mulheres Latino-americanasNo dia 5 de maio de 1999 a mexicana Elsa Avila Carsolio tornou-se a primeira latino-americana a chegar ao topo do mundo. E as chilenas - Viviane Cuq, Patricia Soto e Cristina Pietro - foram as primeiras sul-americanas a chegar ao cume da Chomolungma em 23 de maio de 2001.

Alpinista americano escala Monte Everest pela 10ª vez

O alpinista norte-americano David Hahn, de 46 anos, escalou o Monte Everest pela décima vez. Com isso, ele tornou-se o primeiro cidadão não nepalês a alcançar essa marca, segundo profissionais da área. Hahn superou os 8.850 metros do monte em companhia do também norte-americano Nicole Messener e de dois guias Sherpa. A informação foi divulgada pelo funcionário do Ministério do Turismo Ramesh Chetri.Pasang Tshering, o contato de Hahn em Katmandu, disse que o grupo estava seguro e com boas condições de saúde. Eles estavam fazendo nesta quarta-feira (28) o caminho de volta até uma base. Os alpinistas devem voltar da montanha no início da próxima semana.O recorde de escaladas na maior montanha do mundo é de Appa, um guia Sherpa que no início deste mês chegou ao cume pela 18ª vez. Outro guia Sherpa, Chhewang Nima, escalou o Everest 15 vezes. Outros sete guias escalaram o monte mais de 10 vezes.

Ang Tshring Shrepa, golfista amador e dono de uma empresa aérea do Nepal, resolveu praticar seu esporte favorito em um local bem diferente da grama verde comum em campos de golfe: a cordilheira do Himalaia. As informações são Reuters.Shrepa resolveu alugar um helicóptero para chegar a mais de 4 mil m de altitude, em um local bem próximo ao Monte Everest, o mais alto do mundo, com 8.848 m. O empresário pretende convidar o golfista Tiger Woods para dar umas tacadas por lá. ;D

O MONTE EVEREST NA VIDA DE TODOS

“Você está em pé na neve, 8500 metros acima do nível do mar, contemplando o horizonte a centenas de quilômetros. Aqui, a vida é muito simples. Viver ou morrer. Nada de concessões, lamentos ou segundas chances. É um lugar constantemente assolado por ventos e tempestades, onde cada respiração é um feito e tanto. Você está no pico mais alto da Terra. É a montanha Everest. Até ontem era considerada invencível. Mas isso foi ontem”“Ao estudar o horizonte, do pico do Monte Everest, Inés estava especialmente preparada para suportar e resistir à fúria da montanha mais intempestiva do mundo. Ela acreditava que conquistaria e criou um plano estratégico de vida e carreira especialmente para ele.” (texto da propaganda dos relógios Rolex).Existe um monte Everest a ser conquistado na vida de todos. Quando tiver conquistado o seu, encontrará uma história singular e maravilhosamente sua. Você precisa descrever mentalmente qual Monte Everest deseja conquistar: o de Presidente de uma Multinacional, controller de uma média empresa, analista , ter seu próprio negócio ou mesmo todos, um a cada etapa de sua vida. Para sua escalada profissional, veja uma analogia entre as 6 regras do Montanhismo de Heubner, adaptadas para a carreira profissional:1 – Seja apaixonado por sua Carreira. “Suba com Paixão”.A paixão é essencial a todo profissional que espera chegar ao topo. Chegar a ele requer paixão, seja o topo metafórico ou real. O fato de o topo exigir paixão é uma lei imutável do universo. Aplica-se não apenas ao montanhismo e aos negócios. Aplica-se a todos os ramos das conquistas humanas. Poucas vezes encontramos um profissional apaixonado por sua carreira, mas quando encontramos um temos certeza do seu sucesso. Qual sua paixão?2 – Mude antes que seja necessário. “Sem coragem não há glória”.Você está preparado para as armadilhas e as oportunidades. Sim o mundo admira os corajosos. Você é corajoso? Se for, cuidado para não ser também idealista ou ingênuo. Nem sempre sua coragem lhe trará glória e recompensas e, vez por outra, você terá que pagar o preço do fracasso. Só um tolo arrisca o que não está preparado para perder. Você está preparado para pagar o preço do fracasso ou é apenas um soldadinho de lata que ouviu muitos discursos sobre motivação?3 – Prepare-se para os momentos incertos. “Espere encontrar becos sem saídas”.No seu planejamento, você leva em conta os “Becos sem saída”, o desemprego, ou está planejando fazer carreira no mundo da fantasia? É impossível prever quando surgirão os problemas, mas é quase certo que eles surjam. Você está mentalmente preparado para eles? Tem a tenacidade para preservar ou entrará em pânico e jogará tudo para cima, gritando: “Com isso eu não contava”.4 – Seja leal a você e a sociedade. “Jamais abandone seu parceiro”.O caminho mais rico para a paz interior e o sucesso duradouro passa pela lealdade pessoal. Você é um funcionário confiável? Um sócio Leal? Um amigo fiel? Feliz é aquele capaz de responder sem hesitar: “sim, sim e sim”. Você sempre será reconhecido por seus atos. Seus pontos fortes são aqueles que a sociedade reconhece, que nem sempre são o que você espera representar.5- Compare-se a si mesmo, faça o melhor de si. “Nunca olhe para onde não quer ir”.Você só pode fazer coisas que já tenha feito mentalmente; quando você imagina nada, criará exatamente nada. Como você gostaria de ser lembrado? Como você se vê na segunda metade da sua vida?“O mundo tem sua forma de lhe dar o que exigiu de você. Se você tiver assustado e buscar o fracasso e a pobreza, é isso que terá, por mais que tente o sucesso. A Falta de fé em si mesmo, no que a vida fará por você, o afasta das boas coisas do mundo. Espere a vitória e você sairá vitorioso. Em nenhuma outra parte isso é mais verdadeiro do que no mundo dos negócio”.6 – Seja responsável por seus Relacionamentos. “Sempre haverá espaço na corda para pessoas honradas”.Quando encontrar a pessoa certa, dedique-se a ela. Faça alianças com as pessoas boas. Uma pessoa boa puxa para cima todos ao seu redor e, quando se trabalha unido o resultado pode ser surpreendente. A cada nova pessoa na sua rede de relacionamentos, a qualidade melhora, gerando um novo padrão de excelência.”. Você está aliado a pessoas boas?”. Quantos amigos você está disposto a ajudar. Um profissional vitorioso, só alcançará seu topo se sua rede de relacionamentos conspirar para que isso aconteça.De fato não importa o tamanho de sua montanha - a ambição profissional; a escalada - sua carreira, precisa ser planejada e gerenciada.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Carlos Morey aguarda para ataque final ao cume do Everest


Em seu último contato, Morey explicou o funcionamento das máscaras de oxigênio e reguladores e sobre como será a logística do ataque ao cume.“Estamos de volta a esse "paraíso"... Levamos três horas desde Lobuche até aqui sob uma forte nevasca. Na verdade, desde que saí do Brasil, há 46 dias, hoje é o dia mais feio que vi aqui. Todas as expedições que tentaram cume têm fracassado. Espero que essa piora do tempo termine. Todas as expedições estão esperando por uma janela... E quando ela vier... Todas tendem a correr. Aquela organização inicial que estávamos tentando ter pode ir por água abaixo.Eu recebi um e-mail do meu amigo Charles Klein e eu vou usar o Blog para respondê-lo, pois eu também tinha muitas dúvidas sobre o uso do oxigênio. Sobretudo para quem leu o livro do Jon Krakauer, ´No ar rarefeito´.Cada um de nós temos direito a 7 cilindros de 3L (6kg é o peso dele cheio). Esse cilindro é conectado a um regulador (russo) como num mergulho, mas a qualidade é bem inferior. O regulador é conectado à máscara (Top Out e não Poisk, russa). O regulador possui essas marcações: 0.5, 1, 2, 2.5, 3 e 4. A tabela abaixo dá uma idéia média de duração nessas marcações:- 0.5 = 32 horas- 1 = 16 horas- 2 = 8 horas- 2.5 = 6 horas- 3 = 5 horas- 4 = 3 horasUsar no 4, ou mesmo no 3, é desperdício...Para dormir, usamos o 0.5. Já usei 3 horas de um cilindro no Campo 3 para teste.Acreditamos que devemos usar entre 2 e 2.5 no dia do cume. E nesse dia a estratégia será a seguinte:- Teremos um sherpa para cada um de nós.- Ele é quem monitorará e trocará os cilindros.- Previamente já teremos para cada um de nós 1 cilindro no Balcony e 1 cilindro no Cume Sul.- Sairemos para o cume entre 21h e 22h.- A previsão é que cheguemos ao Balcony em 4 horas. Lá trocamos de cilindro. O usado deve estar na metade. Será usado na volta.- A mesma estratégia para o Cume Sul: troca-se por um novo e deixa o usado para a volta. Estima-se entre 4 horas entre o Balcony e o Cume Sul.- Com esse novo vamos e voltamos do cume. E ele serve de backup. Pois levaremos umas 4 horas entre ir e voltar (2 horas até o cume, e 10 no total).- E o sherpa irá voltando e carregando os cilindros usados.

NOVAS ROTAS NO EVEREST E NO CHO OYU

I – NOVAS ROTAS NO EVEREST E NO CHO OYUO top climber sul-coreano Park Young-Seok abriu uma nova rota na imensamente difícil Face Sudoeste do Everest. Esta é apenas a terceira rota nesse paredão, juntando-se às rotas Britânica (1975) e Soviética (1982). Park ficou obcecado pela face sudoeste desde a primeira vez que a viu. Tentou em 1991, 1993 e 2007, sem cumes. Nessas três tentativas, somente tristeza, pois viu perderem a vida três grandes amigos seus. Em 2009, entrevistado, Park falou que ia “conquistar essa face custe o que custar”. Agora finalmente veio a redenção, com essa incrível Rota Coreana.O também top climber Denis Urubko completou no Cho Oyu sua busca por todos os 14 cumes 8000, e coroou sua saga em grande estilo, abrindo uma rota diretíssima na perigosa Face Sudeste, uma face conceituada por Reinhold Messner como um “inferno de avalanches”. Na companhia do também kazaque Boris Dedeshko, desenharam essa nova via sem oxigênio e em estilo alpino, uma grande conquista.
II – O PRIMEIRO ASTRONAUTA NO TOPO DO MUNDOEle já esteve no espaço, em órbita da terra, e agora subiu para o ponto mais alto que alguém pode pisar com os próprios pés. Esta semana culminou o Everest Scott Edward Parazynski, o primeiro astronauta a pisar no ponto mais elevado do globo.
III – SITUAÇÃO DOS LATINOSTrês mexicanos fizeram cume no Everest essa semana: Gerardo Lopez, Laura González e Yuri Contreras Cedi (este, em seu terceiro cume). Ainda são esperadas maiores notícias de Rodrigo Fica Pérez (CHIL), que está tentando o Manaslu. Já o argentino naturalizado americano Willie Benegas trocou de empresa e agora guia para a Jagged Globe, tendo conquistado pela 9ª vez. Infelizmente o brasileiro Carlos Morey não conseguiu realizar seu objetivo este ano, o Cume do Everest, contudo, outras oportunidades visão, e certamente ele completará os 7 cumes.
IV – SITUAÇÃO POLÍTICA NO TIBETEA chapa ainda anda quente no Tibete, com a polícia tentando controlar as rebeliões em comemoração aos 50 anos de exílio do Dalai Lama. Por isso as montanhas chinesas ou têm estado fechadas ou têm sido abertas a conta-gotas, com muito poucas expedições conseguindo permit. Não obstante, há algumas expedições no flanco norte do Everest, e vários cumes já foram registrados este ano, principalmente com a verdadeira “horda” chinesa, com 19 alpinistas amadores da China obtendo sucesso.
V – ED VIESTURS CULMINA DE NOVOO famosíssimo alpinista norte-americano Ed Viesturs fez cume no Everest pela 7ª vez. Ed foi o 12º alpinista a concluir todos os 14 8000 e é uma das pessoas mais respeitadas do meio alpinístico. Depois de alguns anos afastado, resolveu retornar para dar uma força para a nova empresa de montanhismo que está surgindo no mercado: First Ascent.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A verdadeira altitude do Everest


Tenho recebido muitos e-mails perguntando porque sempre cito a altitude do monte Everest como sendo de 8.850 metros e não 8.848 metros como normalmente se lê nos jornais e revistas. A resposta é simples: quando alguém escreve que o Everest mede 8.848 metros de altitude é porque está mal informado. Apresento, a seguir, um breve currículo da altitude do Everest:

Em 1852, cálculos publicados pelo Instituto Topográfico da Índia confirmaram as suspeitas de que existia uma montanha, na fronteira do Nepal com o Tibete, mais alta do que todas até então conhecidas. Partindo dos levantamentos feitos três anos antes por topógrafos ingleses, que haviam medido pela primeira vez o ângulo de elevação da tal montanha, com um teodolito de sessenta centímetros, o matemático bengalês Radhanath Sikhdar e seu jovem assistente Michael Hennessy, funcionário do Instituto em Calcutá, chegaram à conclusão de que ela media 8.839,80 metros acima do nível do mar. Tinha 257 metros mais do que o Kanchenjunga, sendo, portanto, o ponto mais alto do planeta.

A exatidão desta primeira medição foi fantástica, considerando o fato de que as duas montanhas estavam respectivamente a 174 e 242 km das torres de observação dos agrimensores de campo. Para chegar a esta medida, Radhanath Sikhdar precisou levar em conta a curvatura da Terra, a refração atmosférica, a deflexão da linha de prumo e as mudanças na densidade do ar, que mudam a curvatura da luz.

Bem mais tarde, medições feitas no Nepal, usando laser e transmissões via satélite com tecnologia de ponta e efeito Doppler, determinaram uma nova altitude para o Everest: 8.848 metros. Portanto, apenas oito metros mais alto do que a medição feita um século antes. Mas não era tudo.

No dia 05 de maio de 1999, uma equipe de alpinistas liderada pelo americano Pete Athans chegou ao cume do Everest para mais uma medição. Ele acionou dois receptores do sistema GPS, e as informações registradas foram analisadas pelos técnicos do Departamento de Ciências Aeronáuticas da Universidade do Colorado, em Boulder.

Os especialistas, de posse dos novos dados, determinaram a nova, e segundo eles, exata altitude do Everest: 8.850 metros. Portanto, dois metros a mais do que se pensava nos últimos cinqüenta anos.

A novidade foi anunciada pela Sociedade Geográfica Nacional durante a realização do 87º Congresso Anual do Clube Americano de Alpinismo, em Washington, nos Estados Unidos, em 11 de novembro de 1999.

A Conquista do Everest - parte 4

Após algumas estocadas da piqueta, depois de uns poucos passos cautelosos, Tenzing Norgay e Edmund Hillary estavam no cume do monte Everest; haviam acabado de conquistar o Terceiro Pólo. Eram 11h30min do dia 29 de maio de 1953, pelo calendário gregoriano.

Hillary olhou para Tenzing e, apesar da balaclava, dos óculos de proteção e da máscara de oxigênio estarem cobertos de gelo, escondendo-lhe a face, pôde notar um grande sorriso de puro prazer com o qual o sherpa admirava o mundo ao redor. “Estamos no lugar certo e na hora certa”, pensou Hillary. Eles sacudiram as mãos para se livrarem do gelo em suas luvas e então Tenzing abraçou o neozelandês longamente. Deram-se pequenos tapas nas costas um do outro até ficarem quase sem respiração.

Estavam no topo do mundo, no ponto mais elevado da Morada dos Deuses, na ponta do mais alto obelisco dos terráqueos. De um lado podiam ver a geleira Rongbuc. Muito longe, milhares de metros abaixo, as cores do alto planalto tibetano, como uma miragem naquele mundo branco coberto de gelo e neve.

Enquanto Tenzing Norgay preparava uma pequena oferenda para a deusa Chomolungma, Edmundo Hillary olhou em direção à Crista Norte e lembrou-se de Mallory e Irvine. Instintivamente tentou descobrir um sinal, um objeto, qualquer evidência da passagem dos dois pioneiros. Após alguns biscoitos e um pequeno gole de chá, iniciaram uma terrível descida. Seu oxigênio estava no fim, era preciso pressa. Chegaram ao acampamento no Colo Sul ao cair da noite. Quando Hillary avistou George Lowe, vindo ao seu encontro com uma térmica de sopa quente e um novo cilindro de oxigênio, disse, aos berros:

– Bem, George, nós liquidamos com este bastardo! – embora não tenham sido exatamente essas as palavras publicadas na imprensa na época.

James Morris, o correspondente do Times, desceu ao Acampamento-base e despachou um sherpa até Nanche Bazar com uma mensagem em código. Enviada por rádio para o embaixador britânico em Katmandu e retransmitida para Londres, a notícia foi publicada na primeira página do jornal na manhã de 2 de junho, dia da coroação da rainha Elizabete.

O sherpa Tenzing Norgay, nascido em 1914, tornou-se herói supranacional, todos os países do subcontinente indiano querendo tê-lo como seu cidadão. A partir deste feito, os sherpas jamais voltariam a ser os mesmos, tendo o nome de sua etnia passado a significar “guias de alta montanha” em todo o planeta.

Edmund Hillary, o criador de abelhas de Auckland, nascido em 1919, foi sagrado cavalheiro pela rainha da Inglaterra, ganhando o título de “Sir”. Sua imagem foi reproduzida em selos, histórias em quadrinhos, livros, filmes, capas de revista, e sua cara, comprida e fina, estampada na nota de 5 dólares na Nova Zelândia.

A Conquista do Everest - parte 3

No dia 29 de maio de 1953, às 6h30min da manhã, eles saíram de suas barracas, quase cobertas de neve, respirando oxigênio suplementar, e iniciaram a jornada que os colocaria na história. Era a sétima tentativa de Tenzing Norgay e a segunda de Edmund Hillary.

Às nove chegaram ao Cume Sul, ao pé da dramática crista estreita que levava ao cume principal, a partir de onde encontraram melhores condições climáticas. Uma hora mais tarde estavam diante de uma barreira com 13 metros, um escalão de rocha lisa e quase sem pontos de apoio, agora conhecido como Escalão Hillary.

– Era uma barreira cuja superação ia muito além de nossas frágeis forças – reconheceu o neozelandês, mais tarde.

Tenzing ficou embaixo e foi largando a corda, nervoso, enquanto Hillary, enfiando-se em uma estreita greta entre o paredão de rocha lisa e uma rebarba de neve em sua beirada, começou a agonizante subida. A lenta e penosa escalada foi sendo vencida, na base de muito esforço físico e exposição ao perigo.

Edmund Hillary conseguiu finalmente alcançar o alto da rocha e se arrastar para fora da fenda, até uma larga saliência. Por alguns momentos ele ficou ali, parado, deitado, recuperando o fôlego. Enquanto o oxigênio artificial corria por sua veias, ele sentiu, pela primeira vez, que sua gigantesca determinação o levaria ao topo. Com as batidas do coração voltando ao normal – normal para aquelas circunstâncias! – ele firmou-se na plataforma e fez sinal para Tenzing subir.

Edmund Hillary puxou firme a corda e o sherpa foi subindo, contorcendo-se greta acima, até finalmente chegar à saliência onde o neozelandês estava.

– Exausto, desabando como um peixe gigantesco que acabou de ser içado do mar após uma luta terrível, chegou Tenzing – contou Hillary.

O cume, a apenas uma pequena distância, os observava, impassível, sentindo que em breve seria derrotado por aqueles dois minúsculos seres que ousavam pisar onde ninguém jamais conseguira colocar os pés.

Edmund Hillary e Tenzing Norgay deram a volta por trás de outra saliência de rocha e viram que a crista adiante descia, podiam ver o Tibete. Eram os primeiros humanos a verem o Tibete daquele local. Eles desviaram a atenção do planalto tibetano e correram os olhos para cima, onde havia um cone redondo de neve.

A Conquista do Everest - parte 2

Eram treze montanhistas escolhidos a dedo, entre os quais o veterano Tenzing Norgay, um alpinista sherpa altamente qualificado, e o esguio Edmund Hillary – que ganhara a confiança de Eric Shipton no ano anterior.

A equipe ficou duas semanas fazendo pequenas escaladas no vale Khumbu como parte do programa de aclimatação antes de cruzar a Cascata de Gelo. Enquanto forjavam uma rota através desses obstáculos monstruosos, Edmund Hillary e Tenzing Norgay começaram a se identificar, a ponto de passarem a andar sempre juntos, tendo o veterano Tenzing demonstrado poder acompanhar o jovem, ambicioso e competitivo Hillary.

Então, depois de treze dias de esforços contínuos na encosta do Everest, eles chegaram ao Colo Sul escalando pelo flanco do Lhotse, a rota aberta pelos suíços no ano anterior, onde estabeleceram o acampamento VIII. Foi a partir dali que Charles Evans e Tom Bourdillon fizeram a primeira tentativa de alcançar o cume, embora ainda estivessem longe demais para um retorno seguro, caso obtivessem sucesso. No entanto, as ordens emitidas por John Hunt não deixavam dúvidas: era para continuarem a qualquer custo. Afinal, era para isso que um militar estava no comando.

Mas, com as péssimas condições climáticas e problemas com o oxigênio, foram obrigados a parar no Cume Sul, menos de cem metros abaixo do topo. Mesmo assim, e caso ainda tivessem oxigênio, calcularam ser necessário mais três horas de escalada.

O segundo assalto foi melhor planejado. Montou-se o acampamento IX, a 8.500 metros, bem mais acima do anterior, e Edmund Hillary e Tenzing Norgay passaram a noite descansando, bebendo grandes quantidades de chá de limão quente e tentando comer alguma coisa.

A conquista do Everest - parte 1

Em 1953 já se haviam passado 101 anos desde que o Instituto Topográfico da Índia descobrira ser o Everest a mais alta montanha da Terra.

Catorze expedições tinham falhado e 24 homens jaziam mortos sob as neves da montanha, na vã tentativa de atingirem seu cume. Estava mais do que provado que a tarefa demandava uma estrutura bem maior do que tudo já feito anteriormente.

A tentativa suíça do ano anterior deu aos britânicos o tempo necessário para organizarem uma expedição mais bem preparada. O treinamento incluiu uma experiência no Cho Oyu – a sétima mais alta montanha do mundo, com 8.201 metros de altitude –, em 1952, liderada por Eric Shipton.

Mesmo tendo falhado na tentativa de chegar ao cume do Cho Oyu, a expedição obteve um grande avanço na utilização correta do oxigênio e das roupas.

Embora Eric Shipton já tivesse liderado diversas expedições e contasse com o apoio popular, alguns membros do Clube Alpino Londrino achavam não ser ele a pessoa mais indicada para comandar um empreendimento de tal magnitude, a 10ª Expedição Britânica ao Everest, sobre a qual recaíam tantas esperanças e muita pressão política. Afinal, essa poderia ser a grande oportunidade de alguém ser o primeiro a escalar a mais alta montanha do planeta.

Um acordo diplomático entre os envolvidos dividiu o poder, permitindo a Eric Shipton ficar mais concentrado na escalada, deixando o comando com John Hunt, um oficial do exército, que daria ao evento um padrão militar.

Estranhamente, a maioria dos membros do Clube Alpino nunca havia se encontrado com John Hunt e ele próprio já tinha sido preterido na expedição de 1935 por problemas de saúde.

Ficou decidido que a expedição utilizaria todos os recursos ao alcance para atingir seu objetivo, inclusive o uso de oxigênio, enquanto os alpinistas estivessem dormindo em altitudes mais elevadas.

Para o Império Britânico, chegar ao topo do mundo era uma questão de honra. Para cobrir o evento, o Times enviou o jornalista James Morris, como membro da expedição, juntamente com o cinegrafista Tom Stobart.

Munidos dos mais modernos equipamentos de alpinismo disponíveis na época, a primeira parte da expedição partiu de Katmandu, naquela primavera, em grande estilo.

Composta por 350 carregadores sherpas, causava espanto aos nativos aquela fileira de homens trilhando uma estrada para o Everest. E como a prata era a única forma de pagamento aceita pelos sherpas em 1953, uma grande quantidade de moedas foi cunhada especificamente para este fim.

A caravana passou por Nanche Bazar e, após um pequeno período de descanso em Tengpoche, chegou em Gorak Shep, ao pé do Kala Patar, onde foi montado o Acampamento-base. A seguir estabeleceram um novo acampamento na geleira Khumbu, a meio caminho da Cascata de Gelo. Ao todo, foram criados nove acampamentos de altitude.

Everest: chegando ao topo

Mas a escalada não foi fácil. Problemas de logística, cálculos errados e defeitos em alguns oxigênios suplementares que a expedição levava acabou atrapalhando a equipe, que levou 12 dias bem turbulentos para percorrer o mesmo caminho que os suíços percorreram um ano antes. Chegou-se a duvidar do sucesso da expedição. Mas eles não desistiram.

Os vencedores
Entre os 13 alpinistas da equipe, uma dupla se destacava: Tenzing Norgay e Edmund Hillary. Essa era a sétima tentativa de Tenzig de escalar o Everest (ele inclusive havia participado da expedição suíça no ano anterior), e a segunda de Hillary, respeitado escalador em plena forma física. No dia 29 de maio de 1953, às 9h da manhã, a dupla alcançou o Cume Sul, ao pé da dramática crista estreita que levava ao cume principal, a partir de onde encontraram melhorescondições climáticas. Uma hora mais tarde estavam diante de uma barreira com 13 metros, um escalão de rocha lisa e quase sem pontos de apoio, agora conhecido como “Escalão Hillary”. Os dois escaladores conseguiram vencer a barreira e continuaram subindo. Às 11h30, Hillary e Tenzig estavam no cume do monte Everest.

A conquista da montanha mais alta do mundo transformou a dupla em verdadeiros heróis. Edmund Hillary foi sagrado cavalheiro pela rainha da Inglaterra, ganhando o título de “Sir” e tendo sua imagem reproduzida em selos, histórias em quadrinhos, livros, filmes, capas de revista e na nota de 5 dólares na Nova Zelândia. O sherpa Tenzing Norgay tornou-se herói supranacional, com todos os países do subcontinente indiano querendo tê-lo como seu cidadão, e mudou a história dos sherpas, que passaram a ter o nome de sua etnia significando “guias de alta montanha”.

A expedição inglesa


A equipe suíça não conseguiu atingir o cume do Everest, mas abriu caminho para que, no ano seguinte, uma mega-expedição inglesa tentasse realizar a façanha. Composta por 350 carregadores sherpas e 10 alpinistas, munida dos mais modernos equipamentos de alpinismo disponíveis na época e tendo treinado no Cho Oyu – a sétima mais alta montanha do mundo, com 8.201 metros de altitude - a expedição tinha tudo para dar certo.

Liderada por John Hunt, um oficial do exército que deu ao evento um padrão militar, a primeira parte da expedição partiu de Katmandu, na primavera de 1953. A caravana passou por Nanche Bazar e, após um pequeno período de descanso em Tengpoche, chegou em Gorak Shep, ao pé do Kala Patar, onde foi montado o acampamento-base. A seguir estabeleceram um novo acampamento na geleira Khumbu, a meio caminho da Cascata de Gelo. Ao todo, foram criados nove acampamentos de altitude.

Everest: Conquista da montanha mais alta do mundo faz 50 anos


Poucos lugares no mundo despertam tanto fascínio sobre o homem como o monte Everest. A montanha, cujo cume está a 8.850 metros de altitude, representa um dos maiores desafios do montanhismo. Conquistá-la é uma verdadeira vitória – além de um dos mais extremos testes de resistência, coragem e técnica.

No dia 29 de maio deste ano comemora-se 50 anos da primeira conquista do monte Everest, feita pelo Neo-zelandês Edmund Hillary e pelo Sherpa Tenzing Norgay em 1953. E não é só: no dia 08 de maio completaram-se 25 anos da primeira escalada sem oxigênio artificial, feita por Heinhold e Peter Habeler em 1978.

Essa conquista não foi fácil. Desde 1852, quando o Instituto Topográfico da Índia afirmou que o Everest era a montanha mais alta da Terra, vários montanhistas de todo o mundo partiram para o Tibet para tentar atingir seu pico. Quatorze expedições tinham falhado e 24 homens jaziam mortos sob as neves da montanha na tentativa de realizar a façanha. Estava mais do que provado que a tarefa demandava uma estrutura bem maior do que tudo já feito anteriormente.

No entanto os homens não desistiram facilmente do desafio. Em 1952 uma expedição suíça, formada por uma forte equipe que incluía o lendário alpinista Raymond Lambert, conseguiu ultrapassar 8.400 metros de altitude – o mais alto que qualquer outra expedição tinha conseguido atingir. Chegou-se a acreditar que o time suíço fosse finalmente alcançar o pico - e a vitória.

Alpinista brasileiro morre no Monte Everest

O alpinista brasileiro Vitor Negrete, 38, morreu na manhã desta sexta-feira quando descia o Monte Everest, ponto mais alto do mundo, após conseguir chegar ao seu topo, na quinta-feira.



Alpinista Vitor Negrete

Negrete era um dos principais alpinistas do país e fazia a escalada sem o auxílio de cilindros de oxigênio. No ano passado, ele havia chegado ao cume do Everest, porém utilizando este instrumento.

Rodrigo Raineri, que normalmente acompanhava Negrete nas expedições, não participou desta escalada porque havia se sentido mal na semana passada. Por isto, voltou para um acampamento.

Negrete e Raineri formaram a primeira dupla brasileira a escalar a face sul do Aconcágua, a mais difícil e perigosa, e a primeira a escalar a rota Noroeste do Aconcágua em pleno inverno.

Segundo o site do atleta, ele era mestre em Tecnologia de Alimentos pela Unicamp, onde participava como pesquisador colaborador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Governo chinês vai limitar o acesso de alpinistas para retirada de lixo


O Governo chinês limitará o acesso ao Everest aos milhares de alpinistas que a cada ano vão escalar o "topo do mundo" durante o primeiro semestre de 2009, argumentando a necessidade de limpar todo o lixo deixado no local.

Segundo o jornal "China Daily", o lixo abandonado por alpinistas e turistas no monte mais alto do mundo, com 8.848 metros de altitude sobre o nível do mar, coloca em perigo seu frágil ecossistema, disse Zhang Yongze, diretor do Birô de Proteção Ambiental do Tibete.

A agência oficial de notícias "Xinhua" informa que a campanha de limpeza acontecerá no primeiro semestre do próximo ano. O Everest, na fronteira entre Tibete (ocupado pela China em 1950) e Nepal, foi fechado pelas autoridades chinesas em sua vertente tibetana há um mês, por temor de que os protestos dos ativistas pudessem interromper a ascensão da tocha olímpica ao local.

Segundo a "Xinhua", a equipe de funcionários, alpinistas e jornalistas que se alojaram no acampamento base durante a subida da tocha limparam a região antes de sua partida.

Além da deterioração causada pela frenética atividade alpinista a um dos lugares mais isolados do planeta, Zhang se referiu também ao efeito do aquecimento global sobre o Everest, já que está derretendo a geleira que o forma.

Segundo dados do portal "Adventure Stats", até 2007 um total de 2.972 escaladores subiram o monte Everest, dos quais 208 morreram.




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Escalada ao Everest


No dia 29 de maio de 1953, o neozelandês Edmund Hillary e seu guia nepalês Tenzing Norgay são os primeiros a atingir o cume do Monte Everest, a montanha mais alta do mundo, com 8.848 metros acima do nível do mar. Desde 1921, outras dez equipes haviam em vão tentado a façanha.
"A barreira decisiva antes do pico era um paredão superliso de 25 metros, quase sem possibilidades de apoio. Escolheram, então, o lado leste, onde havia uma enorme massa de neve. Hillary foi primeiro, enquanto Tensing garantia a segurança do terreno. Os minutos pareciam durar dias. Também os joelhos e ombros tinham que ajudar braços e pernas a puxar o corpo para cima, tão difíceis eram os movimentos naquela altura. Era uma luta contra o tempo e contra o fim do oxigênio. De repente, Hillary constatou que não dava mais para subir, o pico tinha chegado ao fim. A partir dali, só dava para descer novamente. Foi quando ele e seu guia se abraçaram na montanha mais alta do mundo".
Assim o alpinista austríaco Peter Habeler narra a aventura de Hillary e Norgay. Pela primeira vez, em 29 de maio de 1953, era derrotado o gigante do Himalaia. Uma vitória do ser humano, depois de mais de trinta anos de tentativas fracassadas e muitas mortes. 25 anos mais tarde, o próprio Habeler e Reinhold Messner conquistaram outra façanha: escalaram o Everest sem máscaras de oxigênio.
Ao retornar ao seu meio depois da grande aventura, Hillary confessou não ter ficado muito emocionado, como as pessoas podem pensar. "Estávamos cansados, isso sim, não sabíamos como agüentar a volta, mas ao mesmo tempo fui tomado de uma imensa paz interior. Eu me perguntava por que tivemos aquela enorme sorte, se outros melhor capacitados não conseguiam", confessou o neozelandês.
Desde a década de 20, muitas expedições, principalmente inglesas, haviam tentado concluir a escalada do Everest e das outras 13 montanhas com mais de oito mil metros de altura. O mais difícil da escalada vem depois dos 7.600 metros, quando a temperatura fica muito baixa e o ar, muito rarefeito. Hoje, os nativos lamentam que a montanha mais alta do mundo, que chamam de "Casa dos Deuses", seja tão profanada e poluída. Pessoas com pouca experiência em alpinismo gastam fortunas para arriscar, não só suas vidas, como também a dos guias para chegar ao "teto do mundo".
Continua controvertido, no entanto, se outra dupla não teria alcançado o pico antes de Hillary. Em 1924, os ingleses George Mallory e Andrew Irvine fora vistos pela última vez a 8.600 metros de altura. Em 1933, foi encontrada uma ferramenta deles. E apenas há dois anos, alpinistas norte-americanos encontraram o cadáver de Mallory. O de Irvine continua desaparecido. Eles teriam atingido o pico mais alto do mundo 29 anos antes de Hillary? A câmara fotográfica de Mallory, que certamente teria registrado este momento, jamais foi encontrada. Uma pista que ajuda os historiadores é que naquela época ainda não era possível escalar o paredão liso abaixo do pico, hoje batizado Edmund Hillary.